terça-feira, 26 de outubro de 2010

Recordar é lembrar e vice-versa. Ou não. Sei lá também.

É engraçado como eu troco meia dúzia de palavras com as meninas e logo elas me tiram pra amiguinho. Acho que eu sou um bom ouvinte, sei lá.
Eu tinha uma colega que era um pedaço de céu. Ruiva, olhos claros, corpo escultural, tudo no lugar, peitos bonitos (não muito grandes) e uma bela bunda. E se essa descrição está muito machista; pro seu governo ela era inteligente, tinha uma voz bonita, curtia metal e gostava de Tolkien.
Eu, é claro, nunca cheguei nela. Mas um dia aconteceu de a gente começar uma conversa. Não foi culpa minha, juro! Sou inocente. Nem lembro como a conversa começou, mas logo ela já estava falando do namorado. Não sei porquê diabos elas teimam em vir falar sobre isso comigo, como se eu estivesse muitíssimo interessado no assunto.
Enfim, ela ficava triste porque o garotão não dava atenção pra ela. Os dois moravam juntos, trabalhavam juntos e tudo mais. E o cara não dava atenção pra ela. Não dava carinho pra ela. Diz ela que o cara ficava jogando "Diablo" no computador enquanto ela limpava a casa. Ele prefiria jogar um joguinho medieval tosco ao invés de passar mais tempo com aquela figura angelical de cabelos da cor do inferno. Veja bem.
Cara, se eu tivesse uma mulher que nem ela, eu jogava todos os meus video-games pela janela. Sério. Meu computador também. E as cartas de Magic e a coleção de quadrinhos. Tudo.
E o que mais me admira é que esses dias encontrei ela num bar, depois de uns anos sem se falar. E ela ainda está com ele. Vai entender.


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Quando eu era criança, tinha que comprar cigarros pra minha mãe. Eu atravessava a rua e ia lá comprar. Minha mãe ficava muito nervosa quando não tinha cigarros. Ela ficava mais agressiva, xingava por qualquer motivo. E nem sempre eu conseguia comprar os benditos cigarros, pois eu era menor de idade, e a tia do mercadinho só vendia pra mim quando tava de bom humor, quando tinha feito sexo, sei lá. E quando eu chegava em casa sem cigarros, já estava mentalmente preparado pra levar um xingão. Afinal, cigarro era um assunto sério naquela casa.

Um comentário:

  1. "Eu tinha uma colega que era um pedaço de céu. Ruiva, olhos claros, corpo escultural, tudo no lugar, peitos bonitos (não muito grandes) e uma bela bunda. E se essa descrição está muito machista; pro seu governo ela era inteligente, tinha uma voz bonita, curtia metal e gostava de Tolkien."

    Rááá! Não existe mulher assim, Rufulino!
    Ninguém conseguiria ser tão perfeita a tal ponto. *_* Aff! Fiquei curioso agora... ^_^'

    bjs. o/

    LM.

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